A biodiversidade mais vulnerável não tem armas para se defender de uma espécie que se evidencia entre todas as outras: o ser humano. Sobretudo ele, através das suas acções e meios consegue facilmente destruir ou colocar em perigo grande parte das formas de vida. Ao longo do tempo com a progressiva actuação simultânea de vectores de destruição e de alteração, as espécies, sobretudo aquelas com menor população ou as que mais dependem de habitats restritos, vão desaparecendo, não conseguindo em tempo útil uma perfeita adaptação às novas condições oferecidas.
As ameaças:
Os factores que influenciam as alterações aos ecossistemas podem ser directos, com uma influência activa, e indirectos que actuam de uma forma mais global alterando os factores directos.
Como exemplo dos factores directos temos actualmente: a fragmentação dos habitats naturais e expansão da fronteira agrícola, industrial e urbana; as mudanças climatéricas antropogénicas, com o aumento da temperatura a ser considerado como o possível factor principal na perda da biodiversidade aquando do final deste século; a poluição, com ênfase para a deposição de fertilizantes como o azoto e o fósforo; a exploração excessiva dos ecossistemas especialmente dos recursos marinhos e das florestas; e a introdução de espécies animais e vegetais estranhas a determinadas área, muitas vezes para eliminar pragas, tornam-se elas próprias um flagelo para toda a região ou país.
Como exemplo dos factores indirectos temos actualmente: o aumento da actividade económica global e consequente aumento do consumo; o crescimento exponencial da população mundial; as mudanças sócio-políticas; a percepção cultural da biodiversidade; e o desenvolvimento e difusão da tecnologia e do conhecimento.
Possivelmente muitas ameaças resultam da própria degradação do ser humano que gradualmente vai perdendo a sua essência em simultâneo com a degradação do ecossistema global em que está inserido.
A protecção:
A natureza segue o seu caminho correcto sempre que a interferência humana não seja abusiva, resultando numa biodiversidade naturalmente rica. Contudo os factores de influência apresentados anteriormente levam à sua gradual degradação, aparecendo como exemplos flagrantes as frágeis zonas húmidas e de água doce e as florestas tropicais. Estas zonas podem possuir grandes quantidades de espécies endémicas num espaço restrito o que permite um controlo mais fácil, contudo sem protecção, todo o meio fica mais vulnerável às ameaças externas. A criação de reservas e parques, embora muitas vezes criados tardiamente ou de forma deficiente, conferem segurança a valores que não são apenas da região mas de todo o mundo, sendo resultado da consciência para a necessidade de conservação dos ecossistemas e da sensibilidade às ameaças. Um bom começo mas não uma solução final.
"CONTRUÇÃO"_uma interpretação
Há 13 anos
4 comentários:
a criação de parques e reservas gera um incremento de exploração ao seu redor, com o pretexto de que existem espécies eem reserva e quando a pressão aumenta surgem excepções nos estatutos de proteção visando permitir a exploração de recursos dentro das fronteiras dos espaços protegidos, em nome da sustentabilidade financeira dos mesmos; por outro lado, o efeito ilha também pode empobrecer as áreas de conservação da natureza.
"A biodiversidade mais vulnerável não tem armas para se defender de uma espécie que se evidencia entre todas as outras: o ser humano."
o Homem só conseguiu habitar a Terra quando se reuniram as condições ambientais para tal. O problema da AMEAÇA coloca-se pela falta de equilíbrio que causou.
Neste momento encontramos-nos Todos no ponto do NÃO RETORNO! tomando consciência dos efeitos de má utilização da Natureza e do meio em que vivemos.
Concordo que às reservas cabe um papel importante na conservação da biodiversidade e já têm dado provas disso até em África, conseguindo-se associar por vezes a protecção de espécies e o seu controlo, com fins turísticos.
olá, vivo numa ilha em que temos rerservas naturais e parques naturais. Nós madeirenses temos orgulho disso e vivemos também a custa disso. Os nossos turistas não vêm a procura de betão , vêm sim ver a natureza, em especial apreciar as plantas edémicas.
Nós temos alguns problemas com plantas invasoras que foram introduzidas pelos imigrantes e residentes que trazem sementes e plantas como recordação dos locais onde passaram. Hoje, já se verifica um maior controle na entrada de seres animais e plantas na nossa ilha.
Fica bem.
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